quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Vida de passageira

O bom dia de hoje vai, primeiro, pra você que foi obrigada a ficar ouvindo um senhor, no ponto de ônibus, justificando por que estava indo de buzu, sem perguntar se você estava disposta a ouvir aquelas explicações, que não foram muito convincentes. O cara, que devia ter seus quarenta e poucos anos, com o dinheiro contado na mão, pergunta quanto é a passagem. Educada, como sempre, eu respondo: dois e oitenta. Ele conta as moedas e todos ali em volta percebem que ele tem em mãos a quantia exata. Não contente, ele olha para a gente e explica que nunca andou de ônibus, porque teve carro a vida toda, mas que estacionar no Iguatemi tem sido cada vez mais difícil, e, por isso, qual resolveu "se arriscar" e  começar a andar de buzu. 

Continuando a saga de hoje, bom dia também pra você que deu o sinal pro ônibus parar e o motorista ficou te olhando, com cara de paisagem, passou direto e só parou no ponto seguinte. Quando você desce, puta com a cara dele, é obrigada a ouvir um "de nada" bem irônico, porque não agradeceu por ele ter parado no ponto errado. Para piorar, ainda tropeçou na barra do vestido e só não caiu porque o pé é grande e conseguiu te sustentar.

E, para finalizar, como não poderia faltar, o look. Hoje, um vestido longo e, por cima, uma blusinha de linha, que eu comprei em Maromba/RJ, há uns cinco anos atrás, para tapar o decote, afinal, é dia de expediente e mamãe ensinou que não pode sensualizar na repartição.

Cabelos ao sol, fui!

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Eta São Pedro Camarada!

Dia nublado, nuvens pesadas, rua molhada, o toró que se anunciava e eu, tensa, já conformada em pagar trinta mango de táxi até o trabalho (porque verão na Bahia é sempre bandeira dois). Frio? Que nada! O dia lá fora tava que tava abafado. Mais um sinal de que a chuva vinha aí. Namorado tava longe, de modo que não ia rolar aquela caroninha esperta. 

Acabei não sucumbindo ao conforto e à comodidade do táxi, porque trinta reais já é parte do mercado da semana ou a cachaça do fim de semana ou o cinema com Mc Donalds de quarta-feira ou uma semana de passagem de buzu (e ainda sobram dois reais para comprar um souvenir na mão do camelô). Confiei na camaradagem de São Pedro e vim de buzu, porém, carregando o bom e velho guarda-chuva gigante, porque vai que...

E, para o dia de hoje, apesar do calor, não consegui vestir nada colorido, nem claro, nem que me deixasse com os ombros de fora. Acompanhei a cor do dia e fui de basicão mesmo, porque se chovesse no meio do caminho, o estrago seria menor.

Ainda no ponto de ônibus, o sol apareceu, de com força, e eu quase morri de calor.

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 Para quebrar o basicão, um sliper de oncinha. Se tivesse chovido, teria estragado.
Valeu aí, seu São Pedro!
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Da janela, 7h30 da matina
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

É tempo de desencalhar

Bom dia pra você que desencalhou um vestido, depois de quase dois anos sem usar, e ficou feliz da vida, porque, mesmo com quatro quilos a mais, ele ainda te serve. 

Como janeiro é verão e época de festa na Bahia, prefiro empregar meu dinheiro na cachaça do fim de semana, redescobrir meu guarda-roupa e esperar pelo Liquida Salvador, depois do carnaval. Até lá, vou driblando o calor, desenterrando, do fundo do armário, novas velhas roupas, para pegar meu buzu com dignidade e manter o bom e velho sorriso do cobrador ao me ver entrar.

Cabelos ao vento, fui!



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Um bolerinho por cima, porque eu não gosto sensualizar no ambiente de trabalho.

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Eta carona abençoada!

Bom dia pra você que, além de agraciada com um dia de sol, pôde contar com a boa vontade e o espírito caridoso do namorado e, em vez de ir de buzu, foi de carona, com o ar desligado, cabelos ao vento e o ar puro do verão soteropolitano batendo de com força na cara, para economizar no combustível, porque é fim de mês e não tá fácil pra ninguém. Eta carona abençoada!

Mas, mesmo de carona, fui vestida para andar de buzu, porque passageira que se preze, tem que ser prevenida e saber que a carona pode não rolar na volta. 

Cabelos assanhados ao vento, fui!


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Sensualizando com os cabelos ao vento
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Eta namorado caridoso!

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cadê a elegância?

Bom dia pra você que consegue ser linda, fina e elegante, mesmo estando embaixo de chuva, esperando o buzu passar. A minha elegância acaba no momento em que coloco os pés para fora do prédio. A vergonha eu deixo em casa e saio pulando tudo o que é poça d'água que vejo pela frente, para não molhar nem sujar meu pé de terra e nem estragar meu sapato. Para não molhar nem sujar a barra da calça, ando nas pontas dos pés, mas é sempre em vão. Bem devagar, sem medo de perder o buzu, vou caminhando até o ponto, contra o vento, segurando forte o guarda-chuva com as duas mãos e contando com a boa educação dos motoristas dos carros que vão passando. E se você acha que aquele guarda-chuva fofo que carrega dentro da bolsa vai te proteger de alguma coisa, melhor ficar em casa e esperar a chuva passar, porque aquilo só serve para fazer volume na sua bolsa e peso no seu ombro. Na primeira rajadinha de vento, ele sai voando da sua mão ou então vira pelo avesso. Nem a chapinha você vai conseguir salvar. 

Como o tempo está mais fresco, camisa de botão, calça jeans e um sapatinho baixo são ideais. Se você for adepta às botas, melhor ainda. Ou, se seu trabalho permitir, um all star também cai bem. Cheguei a calçar o meu branco, mas desisti e me arrependi, porque meu sapato molhou todo.
Não invente de sair desfilando toda empacotada, porque ainda é verão e em Salvador chuva quase nunca é sinônimo de frio. Ainda mais se você vai de buzu,  sabe o calor que faz lá dentro quando chove. Vamos ter bom senso, né elegância? 


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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Bom dia, elegância!

O bom dia hoje vai para o sol, que atravessou a fresta da janela, batendo na minha cara e, assim me acordou antes que o despertador tocasse. Bom dia também pra você, minha amiga, que perde o buzu, mas não perde a elegância, que passa a roupa com o secador, por preguiça de ligar o ferro, mas não entra amarrotada no buzu. Não é porque vamos de buzu que vamos nos descuidar. Bom dia pra você que quase foi desintegrada pelo calor, mas foi salva pela sombra do toldo do mercado, ao lado do ponto de ônibus. Bom dia pra você que adora uma produção baphônica, faça chuva, faça sol, vá de táxi ou buzu. Bom dia pra você que está com o pé cheio de calo, mas não perde o charme do caminhar. Bom dia pra você que é a cara da elegância e arrasa com seu lookday.
Cabelos sedosos ao vento, fui!


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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quem tem fé vai à pé

Bom dia pra você que está feliz porque é sexta e, mesmo tendo que esperar mais meia hora no ponto, até o próximo buzu passar, porque o primeiro passou direto, correndo como se não houvesse amanhã, só para não parar no sinal vermelho, você continua radiante porque vai passar o fim de semana engordando no sofá, à base de brigadeiro e pipoca, assistindo Star Wars com o namorado e se recuperando da Lavagem (e da enxaguada) do Bonfim, porque quem tem fé vai à pé. 

E como sexta-feira é dia de expediente, não é porque estou morta de cansada e com os pés moídos e pisoteados que não vou conseguir disfarçar a cara cheia de olheira e colocar uma roupa descente (e confortável, claro) para enfrentar minha agradável viagem de buzu até o trabalho.
Cabelos sempre ao vento, fui!

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Uma bola de cristal, por favor

Dia nublado, nem frio nem calor, do jeito que eu gosto. Mas nem tudo o que a gente gosta é o melhor. Quem vai de buzu sabe que dias nublados são sempre tensos. Principalmente quando não se tem nenhum guarda-chuva em casa. Nessas horas, meu sonho de consumo é uma bola de cristal, para adivinhar se vai chover e quanto vai chover. Eu poderia sonhar em ter um carro, mas, para isso, eu teria que sonhar, primeiro, com a carteira de habilitação e, em se tratando de mim, acho que seria mais fácil conseguir a bola de cristal. Ficar rica para poder contratar um motorista ou só andar de táxi também não seria nada mal. Mas, enquanto isso não acontece e a bola de cristal não chega, me arrumo para mais um dia de trabalho, feliz com a amenidade do tempo que não vai me deixar derreter de calor, e ao mesmo tempo preocupada com a chuva.

Em dias assim, acho mais fácil escolher o que vestir, porque não tenho que me preocupar em não derreter de calor. O problema maior está sempre na escolha do sapato. Tem que ser um resistente, que, caso chova, não molhe os pés, porque se tem uma coisa que eu odeio é molhar meus pés e a  barra da calça, quando está chovendo. Escolhi um bem lindinho que ganhei da sogra e que não consigo mais tirar do pé. A escolha caiu super bem na composição do look, mas não foi a melhor para andar na rua molhada, porque ele é de camurça e aberto na frente. Ainda bem que São Pedro foi gente boa comigo e a chuva não veio. No entanto, caminhei pela rua toda dura porque, embora não tenha chovido, a calçada tava que era pura lama.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

"Vida de empreguete"

Bom dia pra você que acordou querendo ser turista, mas se lembrou de que é uma pobre assalariada (graças a Deus!), que precisa do trabalho para ganhar o pão, pagar o terapeuta e bancar aquela cervejinha depois do expediente, porque, afinal, é verão.

Sol brilhando lá fora, protetor solar 50 e lá vamos nós, com um sorriso na cara e uma garrafinha d'água na mão, direto para o ponto de ônibus e pisando com cuidado na calçada, para não sujar os pés de terra. Foram cerca de 15 minutos esperando o buzu e, não fosse o toldo do mercadinho ao lado, o sol teria me derretido.

Cabelos ao vento, fui!


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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Ano novo, vida nova e eu continuo pegando buzu

Bom dia, meu povo! O ano terminou, o mundo não acabou, 2013 chegou e a mamata, com direito a sombra e água de coco na beira da praia, no litoral norte, acabou. Bora voltar ao batente, minha gente, porque a vida continua e marido rico gente boa não existe mais e, mesmo se existisse, tenho meu estudante de economia, que não é rico mas é gente boa e eu não troco por nada nesse mundo. Só ele para fazer dos meus dias os mais felizes (depois dessa, acabo de ganhar cinco anos de relacionamento estável e feliz).

E, de volta à vida real, depois de 15 dias, como disse Leandro e Leonardo, "a rotina começa de novo na segunda feira" e o buzu continua passando no mesmo lugar, mesmo horário e com o mesmo cobrador galanteador. Hoje não teve nada digno de ser contado aqui. Tudo igual. Entrei, sorri para o cobrador, paguei a passagem, sentei, morri de calor, suei e desci com a blusa molhada nas costas. Blusa essa que você confere no look do dia, logo aí embaixo.

Feliz ano novo, galera!!
Cabelos presos ao vento, fui!


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O colar eu tirei assim que saí de casa e coloquei de volta assim que cheguei ao trabalho, porque eu tenho amor ao meu pescoço e, embora tenha custado R$49,90, em se tratando de Salvador, em pleno verão, melhor não facilitar. #ficadica

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