quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entrou água...

... no meu sapato. Tudo por causa de uma chuvinha sem vergonha hoje cedo. Mas, como já estou acostumada, nem perco meu tempo me irritando. Tá, eu me irritei, mas já passou. Você que é pedestre sabe que isso nunca vai deixar de acontecer, a não ser que comece a sair de casa com um saco de mercado enrolado nos pés. Não é o seu caso, eu sei. Nem o meu. Por isso, se é inevitável botar a cara e os pés na rua em dias de chuva, porque andar de táxi não te pertence, nem a mim, encare a realidade sem perder a pose. Deixe o sapato molhar, sorria e vá, sem medo de ser feliz. Quando chegar ao trabalho, dê uma passadinha na copa e coloque o sapato para secar atrás da geladeira. Brincadeirinha! Eu sempre tenho uma havaiana quebra-galho para esse tipo de imprevisto. Se você preferir, pode deixar um sapatinho reserva guardado no seu armário. Se não tem armário, deixe embaixo da mesa. Não tem mesa? Carrega na bolsa, como já vi muita gente fazer. 

O tempo aqui na Paralela, também conhecido como fim de mundo, amanheceu nublado e até friozinho (entenda que "friozinho" em Salvador significa que a temperatura está em torno de 27, 28 graus), mas nada de seguir os conselhos de Paula Magalhães e se encher de pano para "arrasar no friozinho". Volta para a sua realidade, porque em vez de ar condicionado ligado no máximo, seu carro tem formato de baú, é abafado e está sempre cheio de gente. Bota uma calça, uma blusa e um casaquinho, que tá tudo certo na Bahêa. E olha que, talvez, você nem precise de casaquinho, viu?

O papo tá indo bem, o papo tá muito bom, mas, agora, preciso ir, porque o trabalho me chama e ele está bem aqui na minha frente, me olhando de cara feia. Mas não fique triste. Dê uma olhadinha aí embaixo e vejam o look que eu usei para "arrasar no friozinho". #mecontratamosaicobaiano

E amanhã tem mais. Cabelinhos ao vento, fui!

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 Hoje acordei meio Felícia
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 Volta aqui, Xanin!
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Ringo Star querendo discutir a relação 
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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Óia eu aqui de novo!

Pensaram que tinham se livrado de mim? Pensaram que eu tinha trocado o buzu pelo helicóptero? Pensaram que nunca mais eu ia dar o ar da graça? Necas de pitibiribas! Estou aqui, euzinha, linda e magra, para alegrar o dia de vocês, meus queridos leitores, minhas queridas leitoras. É verdade que eu tenho isso de sumir de vez em quando, no entanto, dessa vez, a coisa foi quase tão séria, a ponto de eu tirar o blog do ar. Mas após milhares de e-mais, telefonemas e sinais de fumaça achei melhor não decepcionar meus lindos e queridos fãs e voltar para o mundo cibernético com toda essa elegância, esse bom humor e a essa modéstia, que nunca me abandona, que vocês já conhecem. Rá!

A verdade verdadeira é que eu não tenho andado de buzu com frequência. Agora estou morando perto do trabalho, cinco minutos de caminhada. Olha só que delícia! Em compensação, estou ilhada no meio dessa Paralela de meu Deus e, para todo o resto, tenho que enfrentar essa maravilha que é o transporte público de Salvador. Livrei-me do engarrafamento diário e perdi o privilégio de receber cantadas lindas das pessoas educadas que transitam pelas ruas da cidade. Quer dizer, mais ou menos, porque, no trajeto até o trabalho, os seguranças do Serpro e da Caixa Econômica já gostam de assoviar para mim e todas as outras cocotinhas que passam por eles. Pelo menos, né?

Apesar de não estar indo de buzu para trabalhar, os looks não mudaram. Continuo tendo que optar pelas rasteiras, saiões sem arrastar no chão, minhas calças jeans e todas aquelas roupas que vocês já estão carecas de saber que eu uso, porque eu continuo subindo e descendo ladeira esburacada e pisando em poças d'água. Qualquer dia eu tiro uma foto do trajeto para vocês verem delícia que é.

Cabelinhos oleosos ao vento, fui!


A blusa laranja, que daqui a pouco vai criar pernas e sair andando sozinha, de tanto que eu tenho usado a bichinha, por cima do vestido, para esconder as curvas por ele delineadas. Na repartição, não pegaria bem.
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Olha Xanin fugindo dos flashes. Ele detesta exposição na mídia
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 Biquinho, para mostrar o quanto sou sexy
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 Olha o piu piuô, pitulitô!
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sexta-feira, 14 de junho de 2013

O gato comeu?

Bom dia pra você que acordou doida pra tomar banho e vestir aquela pantalona pela qual você tem um carinho especial e que nunca mais usou e, quando vai abrir o armário atrás da dita cuja, cadê? O gato comeu! Revirei a casa toda atrás da bendita e nada. É a quarta peça de roupa que some em menos de seis meses. Elas simplesmente criam pernas e saem correndo ou criam asas e saem voando ou então é o gato mesmo que anda comendo minhas roupas. E daí que depois de não ter encontrado a minha calça querida, meu humor, que estava lindo, leve e solto, ficou daquele jeito. Quem nunca ficou p*** da vida com uma peça de roupa sumida? Antigamente, elas sempre reapareciam no guarda-roupa da minha irmã, mas, agora, a não ser que elas foram, sozinhas, voando até Brasília, não sei mais onde procurar. Mulher tem cada coisa, né? A gente se apega mesmo às nossas roupas, porque são todas escolhidas com muito carinho, além do dinheirinho suado que a gente investe nelas. Fico pra morrer cada vez que some uma peça de roupa minha. E sabe o que é pior? Que é sempre aquela que a gente mais gosta.

Fiquei tão borocochô que peguei a primeira calça jeans que vi dando sopa no armário. Essa sim poderia ter escafedido que eu nem ia me dar conta. A blusa é uma laranja que eu tenho usado muito e que, pelo andar da carruagem, vai ser a próxima vítima dos sumiços misteriosos aqui em casa.

Cabelinhos ao vento, fui!

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia dos namorados. Vai que...

Boa tarde pra você que pegou o buzu lotado de manhã cedo, cedeu o lugar para uma idosa, porque os assentos reservados aos idosos estavam ocupados por gente folgada e sem noção que não respeita o espaço dos outros.

Boa tarde pra você que está toda felizinha e saltitante pensando no que vai usar para arrancar o fôlego do bofe mais tarde e pra você que vai coar o café na calcinha para aquele bonitão cujo coração está doidinha para fisgar. Boa tarde pra você que não vê a hora de chegar logo amanhã, para fazer trezentas mil promessas a Santo Antônio, colocar o bichinho de cabeça pra baixo no sal grosso (eu já coloquei) e amarrar o nome da próxima vítima na boca do sapo pra ver se desencalha. Boa tarde pra você que foi contemplada com um namorado e pra você que terminou o namoro há menos de um mês, mas acabou de se reconciliar com o gato. Sortuda, hein?

Pra você que já perdeu as esperanças, boa tarde também. Mas é bom que saiba que o mundo não acabou e que, quando "menos esperar", nocauteia o coração daquele gato bem lindão que você está de olho há anos, mas que nunca te deu bola. Boa tarde pra você que não aguenta mais ouvir as pessoas dizerem essa ladainha do "quando menos esperar", porque você já anda menos esperando há anos e até agora nada.

O boa tarde também pra você que terminou o namoro há pouco tempo e sabe que sempre vai ter uma colega sem noção que, mesmo sabendo disso, vai te perguntar o que você vai fazer hoje à noite, dia dos namorados, só pra ter o gostinho de te ouvir dizer que vai ficar em casa vendo TV. Não se aflija, minha amiga. Levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima, escolha um vestido bem lindo, sexy e feminino (vai que aparece um gatinho no buzu) e sambe na cara dela. Se ela fizer a pergunta maldita, diga que vai dar a noite toda, até esgotar o kama sutra, para aquele bofe que você conheceu na semana passada (mesmo você não tendo conhecido ninguém). Ela não precisa saber que você vai mesmo ficar em casa, estirada no sofá, vendo Amor à Vida, acompanhada de um balde de pipoca, uma panela de brigadeiro e dois litros de coca-cola 

E, na esperança de encontrar meu príncipe encantado, minha cara-metade, o parafuso da minha rosca, a metade da minha laranja, o sapato velho para os meus pés cansados, no ponto de ônibus ou, dentro do buzu, no assento ao lado, escolhi um vestido floral, de mocinha recatada e bem romântico, que eu paguei 15 reais no brechó, porque essas coisas acontecem quando a gente "menos espera". Vai  que...

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terça-feira, 11 de junho de 2013

Com que roupa, com que roupa eu vou?

Alô, alô, vida mansa! Bora acordar pra cuspir, que já vai dar meio-dia e você precisa trabalhar para garantir o leitinho das crianças, a ração do cachorro, o arroz com feijão e o dinheiro da passagem, faça chuva ou faça sol. 

Para você que fica enrolando na cama, pensando "com que roupa, com que roupa eu vou", ficam aí duas dicas de looks para você se inspirar, arrancar olhares e assovios, andar pelas ruas da cidade se sentindo a coisa mais linda, mais cheia de graça, e subir naquele buzu cheia de charme. Porque a gente é pobre mas é gatinha.

Cabelinhos ao vento, fui!

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mas só chove, chove ô

"Se um dia eu pudesse ver / meu passado inteiro / e fizesse parar de chover ... ".

E foi assim, querendo fazer parar de chover, que comecei o dia de hoje. Porque eu não preciso dizer que chuva e buzu em Salvador não combinam. Aliás, nada combina com buzu em Salvador. Se você reclama do trânsito caótico, mas está dentro do seu carro, no ar condicionado, ouvindo sua música ou navegando na internet com seu iphone para passar o tempo, experimenta enfrentar o caos dentro de um ônibus em Salvador. Cada um pior que o outro. Outro dia peguei a linha Barra 2, da Paralela para o Rio Vermelho e o buzu tava podre, um fedor horroroso de vômito. Das duas uma: ou tinham realmente vomitado lá dentro, o que eu já vi acontecer várias vezes, ou tinha alguém comendo cheetos. Não sei o que é pior: vômito, desodorante vencido ou aquele fedor de quem não vê água há uma semana. 

Mas, como não tenho outra alternativa, tento enfrentar tudo isso com bom humor, porque a gente é pobre, mas tem que se divertir de algum jeito. E se andar de buzu é algo que eu não recomendo a ninguém, pelo péssimo serviço de transporte público que Salvador oferece, por outro lado, recomendo, pela diversão que só ele é capaz de proporcionar. Ouvir conversas alheias, observar o cobrador cantando as gatinhas que passam pela roleta, ver os homens comentando sobre bunda da mulher que atravessou a rua, comprar trident, amendoim, picolé, canetas e vários souvenirs que só se encontram disponíveis à venda no buzu. Só quem vai de buzu compra picolé capelinha e três mendoratos por um real. Não que isso seja melhor que seu Fiat uno modelo antigo, sem ar condicionado, mas é o que tem pra mim.

Para celebrar essa chuva maravilhosa (#sóquenão), eu tinha escolhido uma camisa rosa e uma calça vinho, que eu sempre uso e já mostrei várias vezes aqui. O look ficou lindo. Fazia tempo que queria combinar essas duas peças. Fiquei tão elegante que, ao me ver no espelho, pensei: ê, lá em casa! Mas só foi me abaixar para pegar o sapato debaixo da cama e o sonho do look perfeito desmoronou. A calça rasgou bem nos fundilhos. Pelo menos não foi pra pegar uma moeda caída no buzu. Já pensou? 

Saindo de casa, para completar a magnitude da manhã de hoje, distraída, sem olhar por onde ando, a rua toda molhada e cheia de poça, o que acontece? Piso com vontade em uma. Espirrou água até na minha cara. O porteiro de um dos prédios por onde passei, claro, riu da minha cara. O povo que passava por mim e viu a cena também não perdeu a oportunidade. Os que não riram ou fingiram não ter visto a cena, riram por dentro, que eu sei, porque é o que costumo fazer numa situação como essas. Pelo menos era só água, e aparentemente, estou limpinha. Minha sapatilha véia de guerra também não estragou e a barra da minha calça jeans continua molhada.

Por hoje, é só. Cabelinhos ao vento fui!

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 A calça rasgada, pra vocês verem que eu não estou mentindo.
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#BeijoMeLiga
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terça-feira, 4 de junho de 2013

A dor vai curar essas lástimas

Foi ao som de "Flores" que eu comecei o embalo do dia de hoje. Uma música triste, que diz um pouco de mim nas últimas três semanas, mas que, em breve, voltará a ser simplesmente uma música dos Titãs, porque dizem que a dor é passageira e a tristeza sempre dá lugar à alegria. 

No buzu, a monotonia de sempre. Pessoas que entram e saem a cada parada (entram mais do que saem), barulho de roleta, freadas bruscas e todo mundo caindo feito peças enfileiradas de dominó. Do meu lado, um rapaz a conversar com o fone de ouvido, atrapalhando minha leitura. Lá fora, através da janela, um sol tímido, gente atravessando a rua, carros, muitos carros enfileirados, parados, buzinando como se não houvesse amanhã, na esperança de fazer o trânsito descongestionar. Próxima parada: Iguatemi. Um rapaz vendendo "dorita" e amendoim, a um real. Ninguém comprou. Triste e desesperançoso, ele desce no ponto seguinte, no "A tarde", e entra outro rapaz vendendo aquelas canetas com calendário, que eu só não comprei porque não tinha dinheiro, enquanto o moço do meu lado, feito uma matraca, falava sem parar. Àquela altura eu já sabia quase tudo ao seu respeito. Um rapaz amargurado, revoltado com o "sistema", como ele mesmo disse. Isso me lembrou minha adolescência, quando eu, estudante de jornalismo, com o mesmo discurso "politizado", sequer sabia quem era esse tal de "sistema", mas era tão quanto ou mais "revoltada" que o rapaz sentado ao meu lado. Rebelde sem causa. Bons tempos.

Para combinar com as flores, não as da música, que têm cheio de morte, mas as minhas, tatuadas no meu corpo, que, comigo respiram vida, eu escolhi uma blusa florida, combinando com o jeans, meu cabelo bagunçado e um sapato vermelho, que acabou sendo trocado por uma sapatilha preta, revelando, timidamente, meu estado de espírito.

Cabelinhos ao vento, fui!

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Apareceu a Margarida, olê olê olá

Há mais de uma semana sem dar as caras, voltei, para não matar todos vocês de saudade. A verdade é que eu já estou cansada de ir de buzu, de ficar fazendo poses para o temporizador automático da minha cyber-shot, que tá tão velhinha, a bichinha, mas que ainda quebra um galhão. Além do mais, as roupas são sempre as mesmas, porque minha carteira também continua vazia e meu cartão de crédito, tive que baixar o limite antes que o banco bloqueasse minha conta. 

Eu fico aqui fazendo piada com a minha realidade, que, graças a Deus é melhor que muita realidade por aí, bancando a Pollyanna com o jogo do contente, mas a bem da verdade, eu estou achando um saco tudo isso. Nem os pedreiros e vendedores ambulantes da rua mexem mais comigo. Deixei de ser novidade. É por isso que resolvi ir embora. Em breve, trocarei o buzu pela bike e passarei a ser novidade em Paulo Afonso. Quem sabe, lá, sobra algum, eu crio coragem para encarar o Detran e compro um carro. Vai que...

E toda essa amargura no meu coração é só porque o boy magia não aguentou conviver com meu  sucesso como blogueira e terminou comigo. Bobagem. Pouca coisa. Mas, como costuma dizer um amigo, "bola pra frente, que atrás vem gente (que delícia!)". A bola pra frente tudo bem, porque a vida continua, mas o "atrás vem gente", ah quem me dera. Seria mesmo uma delícia.

Mudando de pau pra cacete (ops!), porque isso aqui não é setting de terapia, fiquem com três dos últimos looks que não levantou uma piscadela sequer pelas ruas "soteropobretanas".

Cabelinhos ao vento, fui!


Porque aqui não pode chover que a gente já quer logo se aparecer. Onde foi que eu arranjei esse frio todo mesmo?

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Saí de lingerie, pra ver se alguém olhava pra mim. Não funcionou. Nem o cobrador me sorriu.
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Colorindo o dia cinza e aproveitando para colorir o humor negro. 
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 Frio                                    calor
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