quarta-feira, 31 de julho de 2013

Até que enfim pensaram na gente

Boa tarde pra você que anda perdido na cidade, sem saber qual buzu pegar para chegar até Cajazeiras, Campo Grande, São Lázaro, Pernambués, Saboeiro, Rio Vermelho, Nazaré, Costa Azul, Boca do Rio, sua casa. Boa tarde pra você que está com o carro na oficina e sem dinheiro pro táxi e, por isso, vai ter que se juntar aos pobres e encarar o buzu, mas não sabe nem para que lado ir. Boa tarde pra você, turista, que quer ir pegar um bronze na praia do flamengo ou curtir um Gerônimo na escadaria do Passo, lá no Pelô, mas não sabe que horas o buzu vai passar. Seus problemas acabaram (em parte)! Acabo de ser apresentada ao Meu Buzu (meubuzu.com.br), por uma amiga que, até pouco tempo, fazia parte da legião de passageiros soteropolitanos e sabe da dificuldade que é andar de buzu nessa cidade. No Meu Buzu você encontra as linhas, os horários e itinerários dos ônibus de Salvador. Os horários não são muito confiáveis, se você não pegar o buzu diretamente na estação. Isso por causa dos engarrafamentos monstros daqui, que não têm hora pra começar nem pra terminar. Mas, pelo menos, você diminui as chances de entrar no ônibus errado. 

É assim: você vai digitar o endereço e o site é autoexplicativo. Você escolhe a origem, o destino e zás! Mas, como nada nesse mundo é perfeito, não consegui encontrar uma linha que me levasse, por exemplo, até a Baixa dos Sapateiros. É possível que você não encontre alguns destinos, mas os principais, com certeza, têm lá.

Deus abençoe essa alma generosa que se lembrou dos pobres.
Oh, Glória!

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sexta-feira, 26 de julho de 2013

De carona pro boteco

Hoje, sexta-feira cinzenta e abafada, uma chuva de cores, para ver se dá uma melhorada no astral do dia, porque o fim de semana tá na boquinha e dia de ficar com cara de bunda é dia de segunda. Bora animar que o expediente tá acabando e daqui a pouco é hora de ir pro boteco comer frango à passarinho e encher a cara de cachaça. 

Pra você que vai sair do trabalho direto pro bar, pra não perder a carona do colega, dê uma olhada no look arrumadinho, porém descontraído, do dia. 

Cabelinhos ao vento, fui!

Camisa laranja exclusiva da feira de Campo Formoso, por apenas R$ 30,00 e a não tão nova e bastante conhecida "lingerie" azul, diretamente de um brechó, aqui em Salvador.


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 Para sensualizar no bar e, quiçá, arrumar um boy magia, tire a camisa mostre toda a sua elegância revelada nos ombros de fora.
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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Tem o seu lugar

Bom dia pra você que acha que uma calça jeans com camiseta tem o seu lugar. Eu acho. Principalmente naqueles dias de preguiça, em que a gente acorda, meio com frio, com vontade de ficar enfiada embaixo do edredom, vendo TV e tomando leite com nescau. Foi nessa pegada que eu acordei hoje. Atrasada, abri o guarda-roupa, pequei uma calça jeans, uma camiseta e uma sapatilha que estava ali, olhando pra mim, doida para ser usada. Nem sei se combinou com a roupa, mas ela foi a primeira que os meus olhos viram e eu nem quis ficar divagando na frente do espelho. Tirei as fotos rapidinho (que, ultimamente, têm ficado péssimas, porque estou usando a câmera do celular), peguei minha marmita, minha bolsa e me mandei, porque já estava atrasada quase duas horas.

Que as horas passem rápido e o expediente chegue logo ao fim, que hoje meu nome é maresia.

Cabelinhos ao vento, fui!

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Do fundo do baú para as ruas soteropolitanas

Boa tarde pra você que cavou um vestido esquecido lá no fundo do seu guarda-roupa. Pois, pois. Ontem à noite, pensativa quanto ao que ia usar hoje, resolvi adentrar fundo no meu armário e achei algumas coisas que eu nem lembrava mais que tinha, entre elas, o vestido tomara que caia, que eu comprei na época em que habitava uma galáxia muito, muito distante, chamada Volta Redonda/RJ. Isso deve ter uns seis a sete anos. Lá, andar de buzu era algo bem agradável. Os ônibus eram limpinhos, novinhos, pontuais (nunca fiquei mais de dez minutos num ponto de ônibus), as pessoas sempre muito bem educadas, bem diferente da realidade daqui. Ê saudade! Mas a Bahia tem as suas vantagens. Terra de Raul, Marcelo Nova, Carlinhos Brown, Novos Baianos, João Gilberto, Caetano, Gal, Gil, Bethânia, Tom Zé, Cumpadi Washington, Durval, Daniela Mercury e boquinha da garrafa. Aqui a gente tem o Porto da Barra, a praia do Buracão e muita gente alegre, de modo que viver em Salvador não tem sido ruim. Mas que eu sinto saudade da minha Volta Redonda, ah, eu sinto.

Voltando ao vestido, depois de muito tempo sem usar (acho que já postei algo com ele aqui no blog), resolvi que era com ele que eu ia arrasar no buzu hoje de manhã. Não arrasei. Acho que o povo já cansou de me ver rodando pela cidade de ônibus. Nem um "ô, lá em casa". Nada, nada, nada. Pense na autoestima que foi ao chão e até agora não levantou? Mas, como diz um amigo meu, o negócio é "levantar a cabeça e procurar a trilha". E foi isso o que eu fiz. Levantei a cabeça e procurei a trilha em direção ao trabalho, porque minha mesa tava recheada de coisa pra fazer. E, se me dão licença, vou voltar à realidade antes que a chefia chegue e me pegue no flagra.

Fui!

Teve que rolar uma camisa por cima, porque a repartição é um ambiente sério e de respeito
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terça-feira, 23 de julho de 2013

Laranja para colorir o dia

Continuando a série "pra quê shopping se eu posso comprar na feira", apresento-lhes a minha linda camisa, que, assim como a bata de ontem, custou 30 reais. Tá achando caro? Vai até o shopping e tenta procurar uma igual. Aí você vai ver o que é caro. Nem na Marisa você acha algo parecido por esse preço. Aliás, nem na Marisa, nem em canto nenhum você vai achar uma camisa igual a essa, porque ela é exclusiva da feira de Campo Formoso. Depois que a moda passar por lá, as feirantes mandam para as lojas daqui revenderem, no mínimo, pelo triplo do valor.

Na rua, ela foi sucesso. O neon deu cor e vida ao dia cinza e nublado de hoje. Por onde eu passava, o laranja nela estampado reluzia. No caminho até o trabalho, em meio a alguns olhares de espanto, assovios lascivos e piadinhas infames, minha colega conseguiu me avistar lá do alto da ladeira. Até levou as mãos ao olhos, para não cegar. E foi assim, em clima de cor e "reluzência" que eu amanheci, para cumprir mais um dia enfadonho de trabalho.
Cabelinhos e corpinho reluzente ao vento, fui!


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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pra quê shopping se eu posso comprar na feira?

Querendo renovar o guarda-roupa mas o dinheiro tá pouco? Seus problemas acabaram! Tem feira espalhada em tudo o que é canto dessa Bahia véia de meu Deus. É campo Formoso, é Jacobina, é Mundo Novo, é Juazeiro, é Irecê e você ainda aproveita para desbravar as maravilhas do interior do estado. Esse fim de semana fui a Campo Formoso com uma colega da repartição. Pense numa pessoa que ficou perdida, feito pinto no lixo, no meio de tanta roupa? E não era qualquer roupa não, minha gente. Era coisa fina, de primeira, nível BBB (Boa, Bonita e Barata), para todos os gostos. A peça mais cara me custou 40 reais. Pra você, como eu, desprovida de numerário, que odeia shopping, mas adora bater perna no meio do povo e se estapear com a mulherada, na barraca da feira, por um vestido, fica a dica. Quem tem preguiça de pegar o buzu para o interior ou a grana tá curta para pagar a passagem, a dica é pagar R$ 2,80 e saltar lá na baixa do sapateiro. Pense num lugar que tem de um tudo por um precinho que cabe no bolso da gente? Que delícia!

E se vocês não estão acreditando, espiem só a bata que eu comprei na terra das esmeraldas e que me rendeu alguns "fios-fios" na subida da ladeira até o trabalho. O tecido dela é bem fininho, igual àqueles tecidos de lenço, e a estampa, no estilo sofá da casa da minha avó, é sucesso na Bahêa! Ah, e o mais importante: custou 30 reais. Tá bom pra você?

Cabelinhos ao vento, fui!

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Olha o pretinho básico de novo!

Aquele momento em que você não sabe o que vestir e vai direto no pretinho básico, que combina com tudo. Vai de buzu, de táxi, de carro, de helicóptero, se o governador Waguinho quiser te dar uma carona, e até de avião da FAB, porque se a galera do Congresso Nacional pode, nós também podemos, afinal, pagamos nossos impostos direitinho. Mas, porém, contudo, todavia e entretanto, como sou uma pessoa simples, que carrego a humildade comigo desde que nasci, peguei meu buzu mesmo e fui direto para o tronco trabalho, garantir a cerveja e o caranguejo do fim de semana.

Cabelinhos ao vento, fui!


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 Cadeira by Atelier Dida, da minha amiga Marla Sampaio.

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 Meu Deus, é muita sensualidade!
Precisando, urgente, fazer as unhas e a sobrancelha.

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Alegria, alegria

E aí, de boa? E o buzu? Tava lotado? Conseguiu ir sentada? Foi espremida? Comprou chicletes sem açúcar? E pé de moça? Eu sempre compro pé de moça para adoçar a viagem. De vez em quando, compro, também, aquele pacotinho com seis paçoquitas, a um real. Nunca mais vi mendorato, que é meu passatempo favorito da viagem, depois da leitura. Conseguiu descer sem precisar empurrar ninguém? O motô parou no lugar certo? E o modelito do dia? Tava confortável? De arrasar quarteirões? Arrasou o coração do cobrador? E dos pedreiros, executivos, playboys e motoboys? 

Finalmente nada de chuva hoje. No lugar, um dia lindo, colorido e ensolarado. Dias assim são inspiradores. Larguei a calça jeans e botei um saião. Apesar das cores que enfeitam o dia de hoje, apostei no preto e branco e, mesmo assim, estou radiante, porque o sol tem esse poder sobre mim. Que esse poder alcance todas vocês, porque felicidade e um sorrisão estampado na cara nunca é demais.

Cabelinhos brilhando ao vento, fui!

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"A tristeza é uma forma de egoísmo".
(Arnaldo Antunes)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Bora de basicão mesmo que eu tô sem paciência

Bom dia pra você que, graças a Deus, não precisou ir de buzu hoje, mas, ontem, em compensação, pegou quatro e, logo no primeiro, foi espremida entre um homem espaçoso e a janela. Mal podia mexer o braço e na hora de descer estava toda dura, com os ombros tensos e o pescoço dolorido. Dureza viu, galera. Por isso que a dica é, sempre que possível, sentar ao lado do corredor, porque o máximo que pode acontecer é um espaçoso pedir licença para se sentar ao lado da janela e você ficar com uma banda da bunda para fora do assento. Melhor que ficar espremida. Eu acho. 

Apesar de não ter precisado, ainda, utilizar meu transporte favorito, talvez eu precise dele no final do dia e, como sou uma moça precavida, preparei aquele look que todos já conhecem: calça, blusa e sapatilha. Confesso que já fui melhor na escolha das minhas roupas, mas ando sem paciência e, por isso, vou de basicão mesmo, que é pra não fazer tão feio. Primeiro, vesti uma calça legging resinada com um vestido florido por cima, mas achei que o brilho da calça ia chamar atenção e hoje eu não estou no clima. Então peguei uma calça jeans véia, quase caindo, porque eu emagreci uns quatro quilos (término de namoro e desilusão amorosa são ótimos para te deixar em forma), uma blusa florida, não tão véia, mas bastante usada, e uma sapatilha preta, que tem andado bastante por aqui. A bichinha tá toda desgrenhada, mas é o que temos pra hoje. Espie só como ficou

Cabelinhos ao vento, fui!

Legging resinada, cujo brilho não dá pra ver direito por causa da má qualidade da foto
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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Coragem é preciso

Foi preciso muita coragem para acordar e levantar da cama, numa manhã chuvosa de segunda-feira. Mas a chuva passou, o sol deu as caras e eu tive que agilizar a vida, se não quisesse começar o dia com uma bronca da chefia. Para esse dia preguiçoso, um look desbotado. Calça velha, cardigan surrado, tênis all star das antigas (comprei nas férias de 2009), para proteger meus pés da rua molhada, cabelos bagunçados e a cara de quem não queria ter trocado o escurinho do quarto e o quentinho da cama por mais um dia monótono de trabalho.

Por hoje é só.

Cabelinhos ao vento, fui!

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 Blusa laranja, para dar alegria, vida e cor ao desbotado do dia.
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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tudo azul

Boa tarde, passageiros e passageiras! Tudo azul com vocês? Tudo azul comigo. Calça, blusa (que eu não sei dizer se é azul ou roxa/lilás), sandália e até pulseira, seguindo orientações do meu horóscopo.

Protestos pelas ruas de Soterópolis, policiais civis paralisados e os buzus voltaram a rodar, para a nossa alegria. Para os trabalhadores que precisavam chegar ao serviço 6h, 7h da manhã foi barril, porque não tinha ônibus na rua. Mas, depois das 8h, aos poucos, voltaram a circular e quem entra mais tarde no trampo não teve desculpa para faltar, a não ser que estivesse aderindo ao movimento nacional de greves e paralisações. Ainda assim, quem aderiu deve estar ciente de que, em vez de ficar casa assistindo Encontro com Fátima Bernardes, deve ir pra rua protestar. 

Como eu vim trabalhar, aqui estou, com mais um look diário, bem azulzinho, bem folgadinho e bem confortavelzinho. Todo inho. Só faltou a pantufa pra ficar parecendo pijama. O único problema foi na hora em que eu botei os pés na rua. Choveu de madrugada e de manhã cedinho, de modo que a rua estava toda molhada e com aquelas poças d'água que a gente conhece bem. Mas quando a gente quer muito usar uma roupa ou um sapato, não tem quem faça mudar de ideia, faça chuva ou faça sol. Foi o caso de hoje. Com os pés de fora, por conta da rasteira, e a pantalona compridona, tive que caminhar bem devagar, com a calça presa na calcinha, para não molhar muito os pés nem a barra. Obviamente que, quando avistei um boy magia, levantei a cabeça, soltei a calça e fui, linda, caminhando, na pura elegância, como se a rua estivesse seca. O resultado foi a calça e os pés molhados, que eu sequei no banheiro da repartição. O importante foi manter a pose e ainda ganhei uma piscadinha. 

Agora deixa eu ir que, em vez de um bofe bem lindo, eu tenho um belo de um trabalho bem ali piscando para mim.

Cabelinhos ao vento, fui!

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Uma camisa colorida por cima, para quebrar o azulão
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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dia de bater perna

Boa tarde pra você que recebeu a notícia da paralisação dos rodoviários, amanhã, em adesão ao dia nacional da lutas com greves e manifestações. Boa tarde pra você que é solidário a essa luta e que, claro, quer que eles conquistem o que estão reivindicando porque, como eu, você depende deles para se locomover na sua cidade. Vamos torcer para que não fique decidido pela greve e que tudo se resolva, afinal, não custa sonhar. Vai que...

Ainda não precisei pegar buzu hoje, mas daqui a pouco vou ter que dar um pulo em Amaralina para uma consulta e já estou preparada para encarar o engarrafamento das 18h, na volta para casa. Até pensei em dar uma passadinha no Iguatemi, o shopping dos passageiros, para um cinema, para não precisar encarar a paralela nem o buzu lotado na hora do rush. Pensando nisso, escolhi uma roupa bem confortável, tipo "pau pra toda obra", que está servindo para o trabalho, vai servir para pegar o buzu mais tarde, bater perna na rua e para uns bordejos pelo shopping, caso eu decida passar por lá. #mecontratamosaicobaiano

Cabelinhos ao vento, fui!

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terça-feira, 9 de julho de 2013

Feito sardinha

Quem chega atrasado no trabalho porque fica esperando passar um buzu vazio levanta a mão. Hoje cedo tive que ir à rodoviária resolver umas coisinhas. Pegar o buzu pra lá foi bem tranquilo, porque a maioria dos que passa aqui na Paralela, passa pela rodô. O problema todo foi a volta. Primeiro porque atravessar aquela passarela até o Iguatemi, às 8h da manhã, não é de Deus. Se você reclama do engarrafamento no trânsito, experimente atravessar essa passarela em horário de pico. É engarrafamento de gente, a ponto de você ficar alguns minutos parada, esperando abrir uma brecha para conseguir passar. E para quem tem medo de cair lá em baixo, no meio dos carros, como eu, essa travessia é ainda mais dramática. Imagine você que, hoje, em meio ao congestionamento humano, fiquei prensada entre um monte de gente e a grade da passarela. Pense num gelo? Me tranquei toda (não entrava nem uma agulha), com medo de me desequilibrar e cair, porque aquelas grades são baixas e eu sou grande. Um cara percebeu e me deixou apoiar no seu braço. Graças a Deus!

Chegando ao Iguatemi, para a minha alegria, sã e salva e um pouco pálida, deparo-me com o ponto de ônibus lotado. Alguém já viu aquele lugar vazio? Eu nunca. Só não tirei uma foto porque não queria correr o risco de ter meu celular, que ainda nem terminei de pagar, furtado. 

Passou um ônibus, dois, três. Todos abarrotados. Gente saindo pela janela. Resolvi esperar um vazio, até porque, pra variar um pouquinho, o trânsito estava daquele jeito gostoso que nós, aqui em Salvador, conhecemos bem. Nesse contexto, dez minutinhos a mais não fariam muita diferença, apesar que, àquela altura do campeonato, quase 9h, eu já deveria estar no trabalho. Finalmente, a linha Pau da Lima. Buzu vaziinho, vaziinho, do jeito que a gente gosta. Maravilha! O motorista parou bem na minha direção, de modo que eu fui a primeira a entrar e escolher meu lugarzinho. Foi o tempo de guardar o troco na bolsa e, quando levantei a cabeça, o buzu já tava lotado. Pensei logo no drama que seria para descer no meu ponto.

Hora de descer. Mesmo pedindo licença, tentando ser educada, evitando, sem sucesso, passar esfregando nas pessoas ali espremidas, o que eu fui obrigada a ouvir? "Não tá vendo que não tem como passar, minha filha? Pronto. Era o que estava faltando para começar a confusão. O cara atrás de mim brigando, porque ele queria descer e eu estava atrapalhando a passagem, o outro na minha frente reclamando que não tinha como eu passar e eu, com minha cara de cu, sem saber o que fazer, levei logo um empurrão e só não caí porque fui amortecida pelas pessoas que estavam na minha frente. 

O buzu parou, eu ainda entalada, tentando descer e, quando o motorista ia arrancar, eu gritei, pela primeira vez, em quatro anos pegando buzu em Salvador: Peraê, motô! A véia, que ainda não tinha entrado na briga, reclamou que não tinha o dia todo pra ficar esperando a "patricinha". Um rapaz gritou: empurra! E eu empurrei. Finalmente, depois desse parto, sobrevivi e desci. Ufa! Pense num calor? Cheguei a transpirar, o que é raro de acontecer comigo. Para a minha sorte, a chuva ainda não havia chegado até a Paralela e, no trajeto até a repartição, pude me refrescar. Sorte maior foi ter um desodorante dentro da bolsa. E foi assim que meu dia começou. 

E você ai, sozinha no seu carro, ar condicionado ligado, rádio metrópole sintonizada, reclamando do trânsito e do calor. Tá bom pra você?

Depois dessa emocionante aventura, fiquem com look bus de hoje, que já não está mais tão arrumadinho como nas fotos, porque elas foram tiradas antes de eu sair de casa.

Cabelinhos pregados na nuca ao vento, fui!


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